sábado, 22 de março de 2008

Velharias

Aquele café,
Aquela mesa para quatro,
Sentados lado a lado
Mas quase frente a frente.


Duas chávenas na mesa,
Dois pacotes de açúcar meio cheios,
Dois copos de água já bebida,
Um cinzeiro cheio de nervosismos.


O ar pesado de tensão,
Remoinhos no estomago,
Meias conversas,
Jogos de palavras...


Toques quase por tocar,
Carinhos,
Medos,
Olhares discretos e indiscretos.


E o beijo no final,
Interminável,
Insaciável,
Livre de tudo a que pudesse estar condicionado,
Único
E jamais de novo alcançável.

2 comentários:

Anónimo disse...

É muito bonito este poema. Presumo que seja da tua autoria, pois não está mencionada a fonte...

Ana Cleto disse...

Sim, é. Obrigada pelo elogio.