terça-feira, 29 de maio de 2007
domingo, 27 de maio de 2007
Um dia
Um beijo,
Beijo que fervilha,
Bejo que consome,
Beijo que preenche,
Beijo que,
Ainda antes de acontecer,
Nos faz tremer,
Pulsar,
Nos faz o coração soltar-se de si.
Beijo que aquece e arrefece,
Beijo que nos tira a fome,
A sede,
O frio,
O calor,
A dor,
A solidão,
Beijo que nos tira de nós,
Que nos leva além,
Um sítio que nem chegamos a conhecer
De tão breve que é.
Beijo que nos abraça os lábios,
Os molha e os enxuga,
Dá conta deles e é tomado por eles.
Boca que quando sorri nos faz sonhar,
Quando apenas esboça um gesto
É apetecida,
Sempre secreta,
Sempre obscura,
Desde a primeira vez
Até à,
Infeliz e vazia,
Vez de nunca mais.
Beijo que fervilha,
Bejo que consome,
Beijo que preenche,
Beijo que,
Ainda antes de acontecer,
Nos faz tremer,
Pulsar,
Nos faz o coração soltar-se de si.
Beijo que aquece e arrefece,
Beijo que nos tira a fome,
A sede,
O frio,
O calor,
A dor,
A solidão,
Beijo que nos tira de nós,
Que nos leva além,
Um sítio que nem chegamos a conhecer
De tão breve que é.
Beijo que nos abraça os lábios,
Os molha e os enxuga,
Dá conta deles e é tomado por eles.
Boca que quando sorri nos faz sonhar,
Quando apenas esboça um gesto
É apetecida,
Sempre secreta,
Sempre obscura,
Desde a primeira vez
Até à,
Infeliz e vazia,
Vez de nunca mais.
(Ana Cleto, 27/05/2007)
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Montras
Ando na berma, tropeço na confusão,
Desço a avenida e toda a cidade estende-me a mão,
Sigo a rua a pé, a gente passa apressada falando,
O rio de fronte, voão gaivotas no horizonte,
Só o teu amor é tão real.
Montras, ruas, o trânsito, não pára o sinal,
São mil pessoas atravessando na vida real.
Os imigrantes, desenganos, ciganos, um dia normal,
Com a brisa que sopra do rio ao fim da tarde, em Lisboa afinal.
Só o teu amor é tão real.
Gente que passa a quem se rouba o sossego,
Gente que engrossa as filas do desemprego,
São vendedores, polícias, bancas, jornais;
E os barcos que passam tão cheios, tão perto, partindo do cais.
Só o teu amor é tão real...
Desço a avenida e toda a cidade estende-me a mão,
Sigo a rua a pé, a gente passa apressada falando,
O rio de fronte, voão gaivotas no horizonte,
Só o teu amor é tão real.
Montras, ruas, o trânsito, não pára o sinal,
São mil pessoas atravessando na vida real.
Os imigrantes, desenganos, ciganos, um dia normal,
Com a brisa que sopra do rio ao fim da tarde, em Lisboa afinal.
Só o teu amor é tão real.
Gente que passa a quem se rouba o sossego,
Gente que engrossa as filas do desemprego,
São vendedores, polícias, bancas, jornais;
E os barcos que passam tão cheios, tão perto, partindo do cais.
Só o teu amor é tão real...
(de Pedro Campos, cantado por Mariza)
quarta-feira, 23 de maio de 2007
terça-feira, 22 de maio de 2007
... não se muda já como soía.
Ontem deitei-me e pensei neste poema, não me lembrava de ele todo mas afluiu-me ao pensamento de tal forma... de tão verdade que é!
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as máguas na lembrança,
E do bem, se houve algum, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Soneto de Luís Vaz de Camões
domingo, 20 de maio de 2007
Bolinhas
Conheci-o à muito muito tempo, ainda era novinho e também eu! Não o quiseram e deram-no ao meu pai que, coração de manteiga, ficou com ele. Chamava-se Bolinhas, era peludinho, braquinho, adorava correr connosco enquanto dávamos voltas de bicicleta pelas rectas da zona de Foros da Charneca...
Um garanhão, passava a vida a fugir para ir ver as namoradas e só voltava ao anoitecer todo sujo, cheio de lama, carrapatos e carraças; às vezes ferido, esfomeado e carente de festas que eu lhe dava de bom grado, a qualquer hora sentada no chão com ele... Catava-lhe as carraças e os carrapatos que se colavam ao pelo encaracolado dele, e ele sempre tão paciente e calmo adorava que lhe fizesse aquilo, que lhe desse aquela atenção que durante a semana nem ele a tinha nem eu a podia dar...
Protegia, estava lá para nós, seguia-nos para todo o lado, era o primeiro que cumprimentava assim que lá chegava e quantas vezes era o único que estava solto, porque ele próprio se soltava e esperava-nos à entrada do portão...
Era o meu fiel companheiro, o mais velho de todos e que se comportava, de facto, como se fosse o mais velho, o que merecia mais respeito e o que nunca estava para grandes brincadeiras, algo arrogante para os outros até mas no fundo só eu sabia como ele era, o brincalhão, o paciente, o dócil e que quase me dava a sensação que percebia tudo o que dizia e tudo o que sentia apenas pelo meu olhar...
Um dia o meu pai trouxe-o para lisboa na esperança de o tirar da má vida, já tinha tido problemas de coração e tinha de tomar alguns medicamentos para isso, marcou uma tosquia para o pôr mais apresentável e ele uma noite fugiu como era costume... Desta vez não voltou sujo nem magoado, nem pulguento nem carente... Não voltou, nunca mais ninguém o viu.
Este post é uma enorme dedicação ao meu Bolinhas.
terça-feira, 15 de maio de 2007
UNO
Hoje ensinaram-me uma coisa. Hoje acho que vi de maneira completamente diferente uma coisa que me tentaram ensinar que eu já sabia mas hoje vi-a e compreendi-a de uma forma tão simples que nunca me teria ocorrido e nem nunca ninguém ma ensinou de tal forma.
Hoje aprendi o que é, de facto, a liberdade, a liberdade de nós próprios. Não me vou estender em deliberações acerca do que aprendi, porque é tão mais vasto do que quaisquer palavras que aqui possa pôr, vou só deixar, pela primeira vez, a minha frase da semana e quiçá de sempre:
Hoje aprendi o que é, de facto, a liberdade, a liberdade de nós próprios. Não me vou estender em deliberações acerca do que aprendi, porque é tão mais vasto do que quaisquer palavras que aqui possa pôr, vou só deixar, pela primeira vez, a minha frase da semana e quiçá de sempre:
O ser UNO é aquele que é sempre livre. Sabe gerir-se a si antes de tentar gerir o que lhe é externo.
domingo, 13 de maio de 2007
Fantasia
Há uma mania terrível chamada "mania de ver tudo como um conto de fadas" em que, para além de termos noção da realidade, tendencial e ilusoriamente a imaginamos, por vezes e sem querer, a dar o revés da forma mais fantasiosa e romântica... É, sem dúvida, da forma que mais gostamos dela, que mais gostariamos que fosse mas não é de si, muito saudável nem adianta absolutamente de nada.
Como um professor meu às vezes dizia, uma patologia em que se vive numa realidade só nossa, às vezes é a melhor das felicidades, quando a real realidade não nos interessa.E para que isso seja saudável, é só saber usar a imaginação...
image by Boris Vallejo
Tretas
Hoje, como noutros dias em que não tenho muito que fazer, fui ver o que dizia o meu horóscopo... E está cada vez pior! lol, oram leiam por vocês, "Cuide do nosso planeta, faça o seu papel na sua conservação. Poupe água, recicle o papel, comprima o lixo. Pequenos gestos que o planeta agradece e estará também a garantir o futuro das nossas crianças"
Mas o que vem a ser isto? Já nem se pode ir ver o horóscopo sem receber uma lavagem cerebral grátis no que toca à reciclagem? Não que tenha alguma coisa contra a reciclagem mas já nem nos horóscopos podemos confiar :P Havia de ver se era só o meu ou se todos diziam o mesmo, se todos estivessem iguais era muito mais giro :)
Não, era só mesmo o meu, parece que não e desta que vou encontrar um grande amor, ou ganhar a lotaria, só reciclar mesmo :)
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Café?...
Bem, coleccionismo é uma coisa que nem toda a gente gosta ou tem paciência de fazer, mas que não tem de se fazer propriamente a "full time"...
Bebe-se um café aqui, namora-se uma chávena ali...
E aqui deixo algumas das minha preferidas e uma foto de grupo até, embora não tenha conseguido pôr lá todas as 64 exemplares!
Bebe-se um café aqui, namora-se uma chávena ali...
Pedem-se umas, subornam-se outras... e outras, eventualmente, levam-se sem autorização, geralmente quando não são simpáticos ou inventam desculpas do género "ah, sabe, temos poucas e tal..."
ou
"não posso, teria de falar com o meu superior..."
"não posso, teria de falar com o meu superior..."
ou mesmo
"sim claro, mas teria de adquirir o nosso pacote exclusivo, uma chávena e mais dois pacotes de café por moer!", como se eu tivesse cara de moinho de café! :PE aqui deixo algumas das minha preferidas e uma foto de grupo até, embora não tenha conseguido pôr lá todas as 64 exemplares!
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Chuva
Deixo aqui hoje uma letra de um música de Mariza, escrita por Jorge Fernando, espero que gostem e, quiçá, vos faça lembrar de coisas (boas ou más) importantes que passam pela vida de todos nós a dada altura...
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudade,
Só as lembranças que doiem ou fazem sorrir.
Há gente que fica na história na gente
E outras que nem o nome lembramos ouvir.
São emoções que dão vida
À saudade que trago,
Aquelas que tive contigo e acabei por perder.
Há dias que marcam a alma
E a vida da gente,
E aquele em que tu me deixaste
Não posso esquecer.
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cançado,
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera,
Meu choro de moça perdida
Gritava à cidade,
Que o fogo do amor sobre a chuva
A instantes, morrera.
A chuva ouviu e calou
O meu segredo à cidade
E mais que ela bate no vidro,
Trazendo a saudade.
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudade,
Só as lembranças que doiem ou fazem sorrir.
Há gente que fica na história na gente
E outras que nem o nome lembramos ouvir.
São emoções que dão vida
À saudade que trago,
Aquelas que tive contigo e acabei por perder.
Há dias que marcam a alma
E a vida da gente,
E aquele em que tu me deixaste
Não posso esquecer.
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cançado,
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera,
Meu choro de moça perdida
Gritava à cidade,
Que o fogo do amor sobre a chuva
A instantes, morrera.
A chuva ouviu e calou
O meu segredo à cidade
E mais que ela bate no vidro,
Trazendo a saudade.
sexta-feira, 4 de maio de 2007
Casquinha de Noz
Esta é a forma de homenagear o meu carrinho, que é uma casca de noz no meio de todos os carros que se vêem hoje em dia pelas cidades e auto-estradas mas pelo menos, é o mais romântico deles todos! :P
Não se lê muito bem, portanto, passo a citar:
"Testado e comprovado! O Renault Twingo acaba de ser eleito o melhor automóvel para se fazer amor. Quem o diz são os especialistas do Autocity, um sítio espanhol especializado em automóveis. Nos lugares cimeiros da corrida ao sexo mais tórrido ficaram também o Ford Fiesta, o Fiat Uno, o Renauld Clio e o Seat Ibiza. Mas nenhum bate o simpático carrinho, cujos bancos rebatem totalmente, transformando-se numa autêntica cama.
Para quem gosta de mudar de ares!"
Para quem gosta de mudar de ares!"
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